quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balanço de 2010

Esse ano foi bem peculiar pra mim.
Fiz minha primeira viagem fora do Brasil, a minha primeira direção num projeto de Dramaturgia, mudei de casa, voltei com força total para o teatro, tive algumas paixões platônicas, chorei, gritei, enfrentei.
Foi um ano que Deus me reservou muitas surpresas, algumas agradáveis outras nem tanto.

Esse ano entendi realmente as responsabilidades da vida adulta, me forcei a ser mais racional do que sentimental (mesmo que isso as vezes não funcione), aprendi a fazer piada de mim mesma, e da vida, e assim fingir que a domino.

Conheci pessoas fantásticas que me acrescentaram muito, reencontrei outras por acaso, mas que também apareceram em um momento especial pra mim.
Tive momentos importantes no trabalho, na faculdade e na minha família. Vi pessoas próximas e queridas morrerem e outras engravidando e gerando novas vidas.

Percebi que meu esforço pode ser valorizado por pessoas que eu nem imaginava que poderiam reparar em mim.
Disse sim a coisas novas e mantive o não para outras que desviariam minha conduta.
Questionei as pessoas, o mundo e a mim mesma.
Recebi a vida de braços abertos e estou fechando o ano cheia de esperanças, sonhos e coisas boas no meu coração.

Acho que estou gostando dessa aventura que é viver, e estou torcendo para que nesse novo ano a minha vida vire sempre de ponta cabeça para me surpreender!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natalícias...

Quando eu era pequena, o meu natal era bem agitado, minhas tias, tios, primos e primas passavam o natal juntos na casa da Minha Avó. Eu era muito pequena mas sempre vi aquela magia do natal desmascarada, sempre entendi que o Papai Noel que chegava meia noite era minha avó disfarçada, anos depois, sabia que o Papai Noel da vez era minha mãe. Mas também nunca me importei com isso, eu era muito nova, tímida, calada, mas gostava da agitação, da família reunida, dos presentes, das piadas familiares... hoje sinto muitas saudades disso tudo.

Os anos foram passando, alguns faleceram, a família foi brigando e hoje a maioria não telefona nem para desejar um Feliz Natal ou perguntar como estamos.

Minha família se resume a minha mãe e meu pai (mesmo que os dois sejam separados desde que nasci).
No último natal tínhamos um agregado, o Sr. Antonio, que era noivo da minha mãe. Em 2010 Deus o levou e voltamos a formação inicial.
Pode parecer melancólico, mas hoje penso que as únicas coisas que não mudam na nossa vida são as bases, e por mais que a relação com os meus pais seja difícil, eles são a minha base, meu refúgio e meu abrigo.
Hoje jantamos juntos na mesa, oramos, ouvimos música, demos risada da minha mãe rindo à toa depois de duas taças de vinho, zoamos um com a cara do outro, falamos da vida com mais leveza, isso tudo depois de alguns anos seguidos cheios de brigas nessa data.

Estou feliz por tê-los mais um ano ao meu lado, e que juntos agradeceremos a Deus pelo nascimento de menino Jesus, esse sim, o verdadeiro dono da festa!
Não temos árvore da Natal, não temos presentes, não temos festa, mas temos uns aos outros, e isso é o que verdadeiramente importa.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

TOP FIVE - 2010

Melhores Espetáculos
"In On It" - Dir. Enrique Diaz
"Usufruto" - José Possi Neto
"Roberto Zucco" - Dir. Rodolfo Garcia Vasquez
"As três Velhas"" - Dir. Maria Alice Vergueiro
"Simplesmente eu, Clarice Lispector" - Dir. Beth Goulart

Melhores Filmes
"O Segredo dos Seus Olhos" - Dir. Juan José Campanella
"A Origem" - Dir. Christopher Nolan
"Tropa de Elite 2" - Dir. José Padilha
"Toy Story 3" - Dir. Lee Unkrich
"A Rede Social" - Dir. Christopher Nolan

sábado, 4 de dezembro de 2010

Vida de Atriz


Gabrielle Araujo e Denis Antunes em "Enquanto Só". Foto: Viviane Lamana

Nunca escondi de ninguém que minha grande ambição na vida sempre foi viver de arte, me dedicar a carreira de atriz e quem sabe viver apenas dela. E desde cedo eu sempre lutei muito por isso.
Acontece que a vida é um turbilhão de acontecimentos e reviravoltas, saí da minha formação teatral no SENAC em 2007 cheia de planos, de sonhos, querendo fazer e acontecer tudo ao mesmo tempo e agora. Acabei emendando a faculdade de Rádio e TV, conseguindo trabalhos na área e o teatro foi ficando com um espaço cada vez menor na minha vida.
Adivinhem?
Foi aparecendo aquela sensação de vazio, de que faltava algo, minhas relações pessoais ficaram cada vez mais conturbadas, entre tantas outras coisas que me faziam sentir mais sozinha nesse mundão. Parecia que ninguém entendia o que eu realmente queria.
Nesse tempo todo, nesse "hiato", de tanto querer, tanto procurar e correr, decidi me matricular na oficina do grupo Os Satyros esse semestre, na busca de pelo menos um suspiro de alívio. E no decorrer dos últimos meses tudo aconteceu de uma vez na minha vida.
Além de ter feito meu primeiro trabalho de teatro-empresa, tive a oportunidade de apresentar três espetáculos nas Satyrianas, fora curtas, projetos de vídeo, etc.
Pensei que não daria conta de tanta coisa, e caí no pensamento de que não era a melhor hora para entrar em tantos projetos assim, mas apesar de toda correria desse semestre, estou finalizando o ano feliz, com o mesmo frescor da minha formatura no SENAC, cheia de planos, ambições e perspectivas para o próximo ano.
E querendo cada vez mais que essa vida de atriz nunca acabe.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

21º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo

Sei que estou um pouco atrasada, mas preciso postar aqui um evento cultural importantíssimo em São Paulo.

Desde o dia 19 de agosto, está acontecendo o 21º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. São vários filmes nacionais e internacionais distribuídos nas seguintes salas de cinema: Cinemateca Brasileira, Cinesesc, Museu da Imagem e do Som, Centro Cultural São Paulo, Cine Olido, Espaço Unibanco de Cinema, Cinusp e Cineclube Grajaú.
Toda a programação do Festival é GRATUITA e as sessões são realizadas em diversos horários.

Esse ano estou trabalhando como Monitora da mostra Latino-americana, e tive o privilégio de assistir muita coisa boa.
Indico e recomendo muito o Festival pra quem quiser conferir a produção mundial de curtas metragens, além de não pagar nada por isso.

Fiquem atentos, o Festival irá até dia 27 de agosto nas salas que eu citei, e nos dias 28 e 29 apenas curtas nacionais no Centro Cultural São Paulo.

domingo, 1 de agosto de 2010

"Ponto Final da Última Cena" e "Versos Íntimos"

No último dia 29 de julho, encontrei meu amigo Alexandre Amazonas por acaso perto do Sesc Consolação. Eu estava a caminho do Sesc para comprar ingressos para assistir "Lamartine Babo", e ele me acompanhou até lá, quando fui informada da falta de ingressos para o espetáculo nas próximas 2 semanas.
Sem a possibilidade de assistir Lamartine aquele dia, Alexandre me convidou para assistir o espetáculo de dança da Cia Borelli que tinha acabado de estrear ali perto.
Já havia lido sobre essa companhia em algum site ou guia cultural, mas nunca tinha assistido nenhum espetáculo deles, então me interessei de cara ao saber que o ingresso custava apenas R$ 5,00 e que não era tão longe de onde estávamos.
Andamos alguns minutos até chegar ao KASULO - Espaço de Cultura e Arte, que fica perto do Metrô Marechal Deodoro, sem fachada de destaque e em cima de uma igreja evangélica. Apesar da localização um pouco escondida, o espaço é bem interessante, e parece ser um Ponto de Cultura muito bacana na cidade.
Lá fica a sede da Cia Borelli, uma companhia independente, dirigida pelo coreógrafo Sandro Borelli, que desenvolve pesquisas corporais com muita teatralidade desde 1997, e que trabalha em suas composições características dramáticas das obras de Rudolf von Laban, Pina Bausch, Maguy Marin, Antonin Artaud, Franz Kafka e Augusto dos Anjos.
Fui surpreendida pelos 2 excelentes espetáculos que são apresentados juntos, "Ponto Final da Última Cena" e "Versos Íntimos" que passam inúmeras sensações e sentimentos através das ações e dos incômodos movimentos realizados pelos seus dançarinos.
No dois espetáculos a sensação incômoda, a perturbação, a figura do ser humano preso dentro de si mesmo, é absolutamente exposta, juntamente com a trilha sonora que além dos elementos instrumentais conta com músicas do Mtv Unplugged do Nirvana, que remetem mais ainda ao ouvirmos a voz leve e ao mesmo tempo perturbadora de Kurt Cobain.
O espetáculo também sugere a questão da dependência, os instintos, conflitos e as incertezas da existência humana. Cumpre muito bem a proposta da companhia que busca elementos entre a violência, o prazer, a leveza e a dor.
Ao ler os programas sobre os 2 espetáculos, li duas frases que me chamaram atenção e traduz realmente a sensação que tive quando saí de lá:

"É se sentir prisioneiro por estar junto com o outro e/ou desespero de ser solitário. Estas ambiguidades alimentam ações dramáticas de "Versos Íntimos" e relacionam os desenhos coreográficos propostos a procura de um jogo cênico provocador."

"Ponto final da última cena é sobretudo, consumir-se pouco a pouco, é o prazer de desistir e de se entregar a própria sorte. Uma queda ininterrupta rumo ao nada. Doa a quem doer."



PONTO FINAL DA ÚLTIMA CENA / VERSOS ÍNTIMOS
CIA BORELLI DE DANÇA

De 28 de julho a 15 de agosto
Quarta a Sábado 21h e Domingo 19h
Ingressos R$ 5,00
KASULO - Espaço de Cultura e Arte - Rua Souza Lima, 300/B - Santa Cecília/SP
Tel: 3666-7238 - www.ciaborelli.com

domingo, 18 de julho de 2010

Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro


Eis que num dia desses, meu companheiro de trabalho Eli, surge com um par de ingressos para a pré-estreia do musical "Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro" que estava estreando no Teatro Bradesco, no Shopping Bourbon.
Claro que aproveitei, pedi para sair mais cedo do trabalho e lá fui eu conferir junto ao meu amigo de TV Cultura, o Lucas Lobrigatti, o novo musical da Broadway montado aqui no Brasil.
Eu que não conhecia a história, fiquei surpresa pela riqueza dramatúrgica do espetáculo (comparado às histórias fracas de alguns musicais), me deliciei com as sensações e pensamentos que a peça me proporcionou.
Sucesso em mais de 17 países pelo mundo, Jekyll & Hyde tem um elenco fabuloso, Nando Prado tem uma grande responsabilidade na mão ao interpretar o Dr. Henry Jekyll e o maudoso Edward Hyde.
Na Londres de 1885, Dr. Jekyll tenta buscar uma cura para a loucura do pai, e desenvolve uma fórmula para ser testada em pacientes desenganados. Após ser impedido de testá-la nos pacientes do hospital em que trabalha, resolve aplicar em si mesmo.
Decidido em sua tese de que todo ser humano tem duas personalidades e que com sua fórmula pode conseguir isolar o lado mau das pessoas, Dr. Jekyll vira cobaia de sua própria experiência, e acaba se dissociando em dois, o Jekyll de personalidade bondosa e o maléfico Edward Hyde, perdendo controle dos seus próprios atos.
Cada vez mais debilitado e dominado por Hyde, Dr. Jekyll passa horas trancafiado em seu laboratório e desperta suspeitas de seus amigos e companheiros de trabalho com seu comportamento estranho próximo a data de seu casamento com Emma (Kiara Sasso), além de seus encontros misteriosos com a prostitura Lucy, interpretada com brilhantismo pela atriz Kakau Gomes.



O trio de protagonistas brilha no musical, baseado na obra de Robert Louis Stevenson, que teve um investimento aproximado de R$ 6 milhões.
Com direção de Fred Hanson, vindo diretamente da Broadway, e adaptação assinada por Claudio Botelho, "Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro" conta com 28 atores no elenco(incluindo meu grande amigo Halei Rembrandt), e uma orquestra de 17 músicos, a equipe envolvida no musical, totaliza aproximadamente 200 profissionais.
Além dos figurinos suntuosos, os efeitos especiais em algumas cenas chamam atenção, como a chuva e o personagem queimado com fogo.
Realmente um espetáculo e tanto!



JEKYLL & HYDE - O MÉDICO E O MONSTRO
Até 17 de Outubro, quintas, às 21h; sextas, às 21h30; sábados, às 17h e às 21h; domingos às 18h.
Teatro Bradesco - Bourbon Shopping
Rua Turiassú, 2100 - 3º Piso (Pompéia)
Tel: (11) 3670-4100
Ingressos: De R$80,00 a R$190,00

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O som da infância

A primeira referência musical na minha vida foi Michael Jackson.
Lembro-me quando ainda bebê, tomava mamadeira e ouvia "Ben" tocando na Vitrola que tínhamos em casa.
Meu pai sempre gostou muito de Michael Jackson e quando era pequena fez questão de me apresentar o som do verdadeiro rei do Pop.
Cresci tentando imitar as dancinhas, gravava os clipes em VHS e depois ficava copiando, fazendo apresentações em casa para meus pais.
Penso que Michael tenha influenciado muito minha aptidão cênica de uma maneira geral.
Há um pouco mais de um ano, quando soube da morte dele, fiquei completamente arrasada, pode parecer clichê e bizarro, mas tive a impressão de que a minha infância foi embora junto com ele.
Claro que tive outras inúmeras referências musicais na vida, mas Michael foi especial, e disso jamais esquecerei.
É realmente lamentável o quanto Michael sofreu como ser humano, mas nada vai apagar a genialidade artística dele. Não consigo imaginar a música mundial sem o Rei do POP, sem Michael Jackson!

domingo, 13 de junho de 2010

Festival de Peças de UM MINUTO

FESTIVAL DE PEÇAS DE UM MINUTO ABRE INSCRIÇÕES

Já na segunda edição, O Festival de Peças de UM MINUTO, organizado pelos Parlapatões, nasceu de uma brincadeira entre dramaturgos e acabou se tornando uma vitrine que mostra os novos talentos da dramaturgia brasileira. Esse ano, o festival irá selecionar textos através de um concurso.
Os temas desse ano são:

- Um MINUTO antes do fim,
- Um MINUTO entre um beijo e outro,
- Um MINUTO que aparentemente não deu em nada.

Serão escolhidos até 30 textos, que resultarão num único espetáculo, que acontecerá no final do mês de agosto de 2010. Os textos serão encenados pelos Parlapatões com a participação de atores e diretores convidados.


Os interessados em participar devem se inscrever até dia 25 de Junho de 2010, preenchendo a ficha que está no link:
http://www2.uol.com.br/parlapatoes/home/minuto.html


Cada texto selecionado receberá, a título de direitos autorais, o valor de R$ 100,00 (Cem reais). O resultado será publicado no dia 5 de agosto, no www.parlapablog.blogspot.com

Participem!

domingo, 6 de junho de 2010

Cats - o Musical

Sempre fui apaixonada por musicais. Apesar de alguns atores terem um certo preconceito com esse estilo, eu sou bem fã, e admiro os artistas que dominam as artes de atuar, dançar e cantar.
Claro que, como amante do palco, consumo de tudo, desde os espetáculos menores até os grandes musicais.

Tenho acompanhado todas as montagens feitas no Teatro Abril (em São Paulo)nos últimos tempos, não assisti a segunda versão de "A Bela e a Fera" feita recentemente, porque já havia assistido a primeira há alguns anos atrás com o Saulo Vasconcelos e a Kiara Sasso.
Em março soube da estréia do famoso musical "Cats", que já conheço há algum tempo, inclusive tenho o DVD do espetáculo da Broadway.
Mas apesar de não gostar muito desse musical, estava curiosa pelas versões brasileiras das músicas, feitas pelo Toquinho, e também para conferir a Paula Lima no papel da gata Grizabella.



O musical "Cats" é baseado em poemas do escritor T.S. Eliot, que tinha fascínio por gatos, e escreveu os textos depois de observar o comportamento dos seus próprios felinos.
Criado pelo consagrado Andrew Llody Webber, estreou em 1981 em Londres, e é o segundo musical mais visto do mundo, só perdendo para "O Fantasma da Ópera", do mesmo autor.
A versão brasileira é extremamente fiel à original, são 38 artistas em cena, com destaque para Saulo Vasconcelos e Sara Sarres, consagrados na cena musical paulistana e Paula Lima, cantora e atualmente jurada do programa "Ídolos" na Rede Record.



Pra quem não conhece o musical, provavelmente ficará perdido com a história, que não é muito clara em meio aos belíssimos números de dança.
É ambientado em um beco onde a tribo dos Jellicle Cats se encontra para celebrar quem são e acompanhar o grande dia em que um escolhido pelo líder do grupo, Old Deuteronomy (Saulo Vasconcelos), poderá renascer para uma nova "vida Jellicle".
A gata Grizabella (Paula Lima), que abandonou a tribo anos antes para conhecer o mundo, agora é rejeitada pelo grupo por conta de sua escolha e sofre para se reintegrar aos Jellicle Cats.

O espetáculo é cheio de coreografias elaboradas, visualmente também é lindíssimo, o cenário e a iluminação são maravilhosos.
Em várias ocasiões, os gatos passam no meio da platéia, o que cria um envolvimento muito maior com o espetáculo, além de prender a atenção do público, que confere de perto a fantástica caracterização do elenco.
No intervalo, o público tem a opotunidade de subir no palco do Teatro Abril e conferir de pertinho o cenário, a visão, além de poder cumprimentar o ator Saulo Vasconcelos que fica ali atendendo o público.

Apesar de ser um espetáculo que exige mais domínio de dança do que interpretação, creio que ele não decepciona, visto que o elenco é composto por bailarinos excepcionais e muito expressivos.
Fiquei com um certo receio com relação a Paula Lima, mas acho que ela se saiu muito bem, e emociona ao cantar a famosa "Memory", música marcante do musical.
Pra quem gosta de um bom espetáculo "Broadway", assista a montagem brasileira de "Cats", que não deixa nada a desejar com relação à original.


CATS - TEATRO ABRIL.
Qui, Sex, Sáb e Dom. - quinta e sexta às 21h00; sábado às 17h00 e 21h00; domingo às 16h00 e 20h00. R$ 50,00 a R$ 220,00 (quinta); R$ 70,00 a R$ 220,00 (sexta); R$ 80,00 a R$ 240,00 (sábado); R$ 50,00 a R$ 240,00 (domingo). Bilheteria: 12h00 às 20h00 (segunda a quarta); a partir das 12h00 (quinta a domingo). De 04/03 a 01/08.

Crédito das imagens: Daia Oliver/Portal R7

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Despertar Musical

Já estou quase há um ano e meio trabalhando na TV Cultura. Desde o primeiro dia que entrei lá aprendi muito, tanto profissionalmente como pessoalmente.
Depois de um ano na produção do "Vitrine", alguns meses no núcleo de dramaturgia, na produção do especial "Autor por Autor", agora estou na produção do programa "Ao Ponto", voltado para adolescentes.
Na última quarta-feira tive minha primeira experiência em estúdio no "Ao Ponto", já gravando dois programas no mesmo dia.
A plateia era formada por adolescentes na faixa dos 15 aos 20 anos, e para minha alegria, os músicos convidados da primeira gravação eram o Simoninha e o Max de Castro, com o Baile do Simonal.

Quando eu era mais nova, minha mãe havia me contado muito por cima a história do Simonal, referenciando a ligação dele com o DOPS, comentando sobre o sucesso dele e a decadência, etc.
Durante a minha adolescência eu conheci o Simoninha e o Max de Castro através do meu gosto natural que foi se voltando para a MPB, mas confesso que se conheço 4 músicas dos 2 juntos é muita coisa mesmo. Meus ouvidos conhecem bem mais as músicas do pai deles, o Simonal, do que o repertório dos filhos.
No ano passado assisti o documentário "Simonal, ninguém sabe o duro que dei", que desmistifica a relação do Simonal com o DOPS, além de mostrar a dimensão do talento artístico dele, seu sucesso na época, e sua queda devastadora. O filme não te dá uma opinião ou um julgamento sobre a postura do Simonal, ele simplesmente te conta a história de um excelente artista e faz você tirar suas próprias conclusões sobre o que aconteceu com ele depois do avassalador sucesso.
Acredito que a intenção dos realizadores tenha sido muito mais apresentar a obra do Simonal para essa geração de agora (que foi privada de tê-lo como referência musical, por conta de seus erros no passado), do que promover um julgamento de suas atitudes ou qualquer outra coisa do tipo.
O fato é que eu já conhecia um pouco desse talentoso artista, e passei a conhecer muito mais e admirá-lo artisticamente depois do filme. Me integrei a história e à referência cultural brasileira que ele representa.




Voltando à gravação, alguns minutos antes da plateia se dirigir ao estúdio me perguntaram quem iria tocar no programa, e respondi avisando sobre o Simoninha e Max de Castro. Para meu espanto, ninguém sabia quem eram eles, nunca tinham escutado falar, tentei falar sobre o Simonal, e parece que foi pior ainda, alguns que não estavam acompanhando o assunto sobre a atração musical e pegaram o bonde andando, chegavam e perguntavam se Simonal era ator ou algum outro apresentador! Confesso que fiquei realmente espantada com a cara de decepção de alguns por não conhecem eles, chegamos a brincar e questionar se eles conheciam a banda Restart, adivinhem a resposta?
Só de ouvir esse nome, algumas garotas se animavam absurdamente, todos da plateia, sem exceção conheciam a banda.
Fiquei me perguntando, quais serão as referências musicais dessa garotada daqui alguns anos?
Nada contra com bandas teens como Restart, Cine, etc... Mas mesmo essas bandas tiveram como referência bons cantores, músicos e grupos do passado.
O nosso presente, as nossas referências, são construídas através do quê? Dos nossos pais? Dos nossos amigos? Na escola?
Tenho um certo receio de que as próximas gerações mal conheçam os Mutantes, Chico Buarque, Elis Regina, Caetano Veloso, Gilberto Gil, e outros diversos artistas essenciais para formação musical do nosso país.

domingo, 30 de maio de 2010

Hipóteses para o Amor e a Verdade

Desde o início de maio, está em cartaz no Espaço do Satyros Um, o espetáculo "Hipóteses para o Amor e a Verdade", com texto de Ivam Cabral e Rodolfo Garcia Vazquez, este último também diretor da montagem.
Li a respeito da peça, que inova com participação do público através de celular e internet, e fiquei um tanto curiosa pra ver.
Chegando lá, já fiquei instigada quando, ao pegar meu ingresso, anotaram meu nome, o número do meu celular, a operadora, e ainda me pediram para deixar ligado, no último volume e que se por acaso alguém me ligasse era para atender no viva voz.
Fui num sábado, a sessão estava bem cheia, colocaram até mais cadeiras para acomodar todo mundo, já começava a ficar ansiosa pelo que estava por vir.
Durante a história as pessoas da platéia também viram personagens, recebem ligações e interagem com os atores que conversam, questionam as pessoas e a si mesmos, enviam mensagens sms e usam a internet.
O espetáculo é uma mescla de histórias de pessoas anônimas que circulam pelo centro de São Paulo, suas angústias, seus desejos, suas trajetórias.
Um cara que se apaixona e se realiza sexualmente pela internet, uma solitária idosa que mora no centro de São Paulo e tem apenas o cuidado de uma enfermeira, uma prostituta que trabalha na noite paulistana, um homem que quer ser uma espécie de novo Adão, multiplicando filhos pelo mundo, outro que assume ser amante da luxúria, entre outros solitários personagens.
Ele também enfoca a questão da realidade expandida, a relação humana com a internet, a tecnologia, a nossa busca por pessoas, sentimentos e sensações no meio virtual, a solidão de cada um em meio a uma cidade que nos consome diariamente, em que só o hoje e o agora existem.




O elenco está em sintonia, o espetáculo tem ritmo, não cansa em nenhum momento, e inclusive te deixa na expectativa do que pode acontecer na cena seguinte.
A experimentação do grupo parece surtir efeito, deixando a platéia super a vontade dentro da proposta, e criando diversos questionamentos, o que é ou não real nas nossas vidas? Qual é a verdade que estamos vivendo?
Inventamos coisas e pessoas que parecem importantes para nossas histórias pessoais, mas que no fundo são apenas possibilidades de preenchimento do nosso vazio.

Pra quem quiser conferir, a realmente inovadora proposta, o preço é fixo, apenas R$ 10,00 e fica em cartaz de sexta a domingo.

HIPÓTESES PARA O AMOR E A VERDADEEspaço dos Satyros Um (Praça Roosevelt 214, Centro; tel.: 3258-6345). Sex., sáb. e dom., às 21h30. R$ 10. Não recomendado para menores de 18 anos.

Voltando para Porto Alegre

Quando iniciamos a nossa volta do mochilão, estávamos absolutamente falidos.
Gastamos mais do que deveríamos, isso porque não torramos em compras fúteis, tivemos alguns gastos inesperados com taxas, passagens, multa da imigração, etc.
Tive que apelar para amigos no Brasil e, claro, pra minha mãe (coisa que detesto fazer).
Voltamos de Buenos Aires para Colonia Del Sacramento através do ferry, mas dessa vez pela BuqueBus, pois era a única empresa que tinha viagem naquele dia, gastamos quase R$ 90 reais na volta, de lá já agilizamos um ônibus diretão para o Chuy.
Demos aquela última passada pelos freeshops, fiz toda a gambiarra financeira no Bradesco que tinha na fronteira e logo em seguida pegamos o ônibus de volta para Porto Alegre.

Quando voltamos para Porto Alegre, Liana já não estava mais lá, tinha voltado para São Paulo para resolver problemas pessoais, mas ela nos apresentou pessoas especiais que acabaram virando nossos amigos também, e nos ofereceram suas casas para ficarmos nos dias finais da nossa viagem.


Começando pelo Vitor, primo da Liana, um cara que "sabe muito...", divertidíssimo, e atencioso nos 3 dias que ficamos em sua casa, fora o Manu, que também nos recebeu e colocava a gente sempre VIP na Laika, baladinha que ele trabalhava.

Nosso ponto de encontro com o povo lá de Porto Alegre era sempre na Lancheria do Parque Bom Fim, lá tomei os melhores sucos naturais do Rio Grande do Sul, na época que estivemos lá, o suco custava R$ 2,20, mas era um MEGA suco, vinha numa jarra de liquidificador e você podia escolher qualquer combinação de frutas.
O lanche lá também era absurdo, enorme, lá eles costumam chamar qualquer lanche de "X", pensamos várias vezes que eles deveriam abrir uma filial daquela Lancheria em São Paulo, com aqueles preços, iriam vender muito.

Depois de muitos encontros, novos amigos e várias descobertas, concluí que essa viagem rendeu muito mais do que as divídas que até hoje estou pagando, ela só me acrescentou coisas boas, de verdade.
Espero voltar num futuro bem próximo a todos esses lugares que visitamos e tentar reencontrar todo mundo, com mais tempo, mais dinheiro e mais coisas a se descobrir.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Buenos Aires - parte 2

Continuando o post anterior, não consegui aproveitar Buenos Aires o quanto gostaria, além do pouco tempo, o calor infernal que fazia lá me deixou desanimada pra andar muito tempo na rua.
Mas a minha impressão de Buenos Aires foi a melhor possível, me senti num país Europeu, pela arquitetura, pelo visual da cidade, a organização e educação das pessoas.
É fácil transitar na cidade, as ruas são fáceis de achar, tem ônibus para todos os lugares e as estações de metrô são bem localizadas.
Fiz visitas importantes e econômicas, pra começar fiquei hospedada próximo ao Obelisco, famoso monumento localizado na Avenida 9 de Julio. Também visitei a famosa Casa Rosada, na Plaza de Mayo e o lindo porto de Buenos Aires.
Uma caminhada pelo centro da cidade é MUITO válida, muitas feiras de artesanato, vários casais dançando Tango pelas ruas, cafés e restaurantes interessantíssimos, fora as livrarias e teatros espalhados em todos os lugares.
Em um dia de visita ao famoso bairro La Boca, fiz aquela parada bem turística no estádio La Bombonera. Para entrar no estádio não é caro não, sai em torno de R$ 10 a R$ 30 reais, dependendo do pacote de visitação.

Outro passeio que não dá pra faltar é no Caminito, a parte histórica e bem turística do bairro La Boca. Ótimo lugar para se apreciar o famoso churrasco argentino, já que lá existem inúmeras opções de restaurantes com shows de tango para todos os lados.
O clima do lugar é fantástico, várias casas feitas de madeira, coloridas, muitas galerias de artesanato local e na rua você encontra até sósia do Maradona para tirar foto com você...rs

Fora esses passeios convencionais, visitei alguns museus e várias ruas e lojas oom várias coisinhas bacanas para comprar (e ótimo preço também).
Com a economia em baixa na Argentina, o que mais se vê nas ruas, são brasileiros fazendo compras, por todos os lugares.

Você pode optar por andar bastante ou andar de ônibus, lembrando que no ônibus lá só aceitam moedas e a passagem pode variar de acordo com o lugar que você vai, mas normalmente custa (em janeiro pelo menos custava) $1,20 pesos argentinos, ou seja, praticamente R$0,60 da nossa querida moeda (MUITO BARATO!)

Na argentina o povo é muito nacionalista, e eles têm uma relação muito bonita com os ídolos deles, a Eva Perón é bastante lembrada com fotos, cartazes, etc. O Maradona então? Nem se fala... Ele é mil vezes mais adorado lá do que o Pelé aqui.
Encontrei cartões postais, estátua, camisetas, fotos ampliadas, chaveiros, milhões de cacarecos sobre o Maradona, a veneração deles lá é incrível.

Enfim, saí de lá apaixonada pela cidade, moraria fácil, e trabalhar lá deve ser bem legal, só que pra ficar na vantagem, o salário precisa ser em reais.

terça-feira, 23 de março de 2010

Buenos Aires - parte 1

Depois de dormir algumas horas na rodoviária em Montevideo, finalmente embarcamos para Colonia Del Sacramento.
Não ficamos muito tempo e nem deu pra conhecer muito Colonia, de lá pegaríamos o Buque(espécie de barco ou um mini-navio) que vai para Buenos Aires.
Normalmente todo mundo procura a empresa Buquebus, mas fica a dica: A empresa SeaCat faz o mesmo trajeto, num barco mais modesto e bem mais barato.
Em reais, a passagem da buquebus estava por volta de R$ 85,00, pagamos R$ 43,60 ($436,00 pesos uruguaios) na SeaCat e valeu super apena.
Antes de embarcar no buque, é obrigatória a passagem pela migração, aonde você apresenta seu visto no passaporte ou carimbo de autorização de entrada no país; e como disse há alguns posts atrás, vascilamos e não pegamos essa autorização quando entramos no Uruguai, assim não poderíamos prosseguir viagem.
Tivemos que pagar $600 pesos uruguaios (ou R$60,00) de multa para a migração dar essa autorização e seguirmos viagem para Buenos Aires.
Já estava com pouca grana e tive que apelar para alguns telefones de urgência no Brasil, detesto fazer isso, mas viajar por conta própria, ganhando pouco e sem "paitrocínio" é complicado.
Resolvido o problema com a migração e com a grana, seguimos no buque da SeaCat e depois de aproximadamente uma hora de viagem, desembarcamos no porto de Buenos Aires.
Chegamos por volta das 21h, ainda estava sol (como disse, tanto no Uruguai quanto na Argentina, as 21h ainda está um mega sol), meu companheiro Glauber havia feito a reserva do hostel, assim, logo que chegamos virei pra ele e perguntei:
- Que alívio chegar aqui! E agora? aonde é o Hostel?
Glauber responde:
- Então, precisamos perguntar na central de informações do porto porque estou sem o endereço.
Na hora confesso que fiquei extremamente irritada com a situação, mas não demonstrei... afinal... ele fez a reserva, mas, tivemos acesso a internet nas outras cidades, estávamos em outro país e como assim ele não tinha anotado o endereço???
No balcão de informações, obviamente, ninguém sabia nos indicar onde ficava o hostel sem o nome da rua pelo menos. Os atendentes mostraram um Locutório (Lan House com cabines telefônicas) que ficava próximo, pra gente acessar internet e ver o endereço... chegando na Lan House, constatamos o outro problema: não trocamos dinheiro e estávamos com pesos uruguaios ainda!!! O pior de tudo é que o câmbio do porto estava fechado (tinha fechado as 19h30).
Na Lan House não aceitavam pesos uruguaios e nem reais, Glauber achou 1 dólar que havia guardado na carteira e finalmente aceitaram. Logo, olhamos o endereço do hostel, que ficava muito longe do porto. Sem mais nenhum dólar, apenas com reais e pesos uruguaios no bolso, tivemos que andar e muito até chegar no Che Lagarto Hostel.
No longo caminho a pé, com mochilas, mala e muitocansaço, acabamos encontrando uma casa de câmbio, trocamos um pouco da grana e como já tínhamos andando bastante e não conhecíamos as linhas de ônibus da cidade, optamos por terminar a caminhada a pé até o hostel.
O Che Lagarto Hostel é uma ótima opção de estadia pra mochileiros, tirando o calor insuportável e a falta de ar condicionado, o ambiente é super agradável, muitas pessoas de países diferentes, tem um bar/pub muito bacana logo na entrada e fica numa travessa da famosa Av. Nove de Julho.
Lá conhecemos pessoas fantásticas, o trio de brasileiros Marcelinho, Renato e Victor(paulistas também, da puc sp), o Pedro de Floripa, que estava mochilando de bike, e viajou até Buenos Aires nessa condição, o Ismaeel (não lembro de qual país ele era, só lembro que ele não falava praticamente nada de espanhol), o Hemal, que é angolano, mora em Londres e tava viajando a américa latina para aprender espanhol, o argentino Carlos Alberto e um espanhol que não lembro o nome, mas que era muito bonito e muito simpático.
Saímos todos juntos em uma das noites lá em Buenos Aires, dei muitas risadas e me diverti muito com todos, o hostel em Buenos Aires foi um capítulo a parte da viagem, valeu muito a pena a estadia lá. Com relação aos pontos turísticos que visitamos, deixo para o próximo post, que vem em seguida.
=P

segunda-feira, 22 de março de 2010

Montevideo

Seguindo viagem de carona com Alexandre e Lucia (que conhecemos em Cabo Polonio), passamos o final da tarde no carro ouvindo muitas indicações de músicas uruguaias, latinas, entre outras.
Chegamos em Piriápolis um pouco depois das 22h e o próximo ônibus com destino a Montevideo só partiria depois as 23h20, ou seja, chegaríamos perdidaços na capital uruguaia perto das 2 da manhã.
Alexandre decidiu ir pra Montevideo naquela mesma noite, alegando que tinha muitas coisas do trabalho pra resolver (apesar de acharmos que ele mudou de idéia por se preocupar conosco). Acabou deixando Lucia na casa dos pais dela (sogros de Alexandre), em Piriápolis mesmo, mas antes, fez um tour pela cidade com a gente, jantamos num restaurante bacana e aprendemos mais curiosidades do espanhol e da comida uruguaia, comemos la pizza con faina, deliciosa e relativamente barato.

Saindo de Piriápolis pegamos aproximadamente 2 horinhas de estrada e finalmente chegamos em Montevideo. Já passava da uma da manhã e Alexandre nos levou até o hostel de um amigo dele, que não havia vagas, depois nos levou até o Palermo ArtHostel, onde nos hospedamos nos 2 dias que estivemos na cidade.

O Palermo ArtHostel é muito legal, boas acomodações, tem sala de jogos, o café da manhã é bom, internet free (apesar dos computadores serem velhos e ruins), os banheiros são impecáveis e tem 2 bares (um no subsolo, junto com a sala de jogos e outro tipo na lage do prédio). Fica bem localizado, próximo ao Rio de La Plata e da Av. 18 de Julho.
Andamos bastante em Montevideo, principalmente pela Avenida 18 de Julho, visitamos Feira de Antiguidades Tristán Narvaja, passamos por La Puerta De La Ciudadela, Teatro Solís, Praça da Matriz, Praça Independência, entre outros.
Encontramos Alexandre mais uma vez, que foi nos buscar de carro na porta do Hostel, deu mais um passeio na cidade conosco e nos mostrou os principais pontos turísticos. Antes de se despedir, deu o endereço da casa deles para que visitássemos no final da tarde (moravam próximos ao hostel que estávamos hospedados), mas devido ao consaço, acabamos não indo. Ele e Lucia são pessoas maravilhosas e que fizeram toda a diferença na nossa passagem pelo Uruguai!

Gostei de Montevideo, apesar de não ter aproveitado tanto a cidade, estava exausta pós-Cabo Polonio, muito queimada, meu corpo todo ardia devido ao sol escaldante que peguei nos dias anteriores.
Mas após 2 dias, era hora de ir embora, rumo a Colonia Del Sacramento, e de lá partir para Argentina, mais precisamente em Buenos Aires.

terça-feira, 16 de março de 2010

Cabo Polonio

Partindo de Punta Del Diablo, a passagem de ônibus para Cabo Polonio custa em torno de $69,00 pesos (ou R$ 6,90). O ônibus é o famoso "pinga-pinga" que passa por várias cidades e povoados até o destino.

Na expectativa de encontrar o tão aguardado paraíso que tantas pessoas falaram, foi uma surpresa descer do ônibus no meio da estrada sem absolutamente nada ao redor, a não ser uma entrada turística e alguns caminhões parecidos com aqueles de exército, mas construídos especialmente para transporte de pessoas.

Sim, estava na entrada do povoado de Cabo Polonio. Depois de pedir algumas informações para a simpática guia que atendia os turistas, compramos a passagem para ir naquele caminhão que avistamos inicialmente.
Saiu $150 pesos (ou R$15,00) e dava direito à passagem de ida e volta, podendo voltar quando quisesse.
Quem faz a viagem de carro, não pode entrar no povoado de Cabo Polonio com seu automóvel, como a entrada é controlada, existe um estacionamento gratuito logo na entrada, próximo à estrada (onde descemos) para que você deixe seu carro e embarque no caminhão que leva os turistas até o lugar.
Depois de aproximadamente 20 ou 30 minutos passando por um caminho cheio de árvores e areia, avistamos a linda paisagem paradisíaca de Cabo Polonio.

No caminho, dentro do caminhão, sentamos ao lado do Alexandre, brasileiro, que estava acompanhado de sua mulher, Lucia.
Trocamos figurinhas, falamos da nossa viagem e comentamos que nosso próximo destino era Montevideo, justamente onde Alexandre e Lucia moravam no momento.
Deram inúmeras dicas de hostels e lugares para visitarmos, foram tão bacanas que passaram telefones e contatos, caso a gente precisasse de alguma coisa.
Dicas anotadas, hora de descer do caminhãozinho em Cabo Polonio. Assim que descemos, olhamos para o lado e encontramos um casebre escrito HOSTEL DO DE MARCELO, vibramos por encontrar tão facilmente e rápido um hostel.
Perguntamos o preço e era $450,00 pesos uruguaios com café da manhã e $400,00 sem café. Digamos que o valor estava um pouco salgado, então decidimos andar e procurar outros hostels, nos informaram que ali no povoado só haviam 3, e os outros 2 eram mais caros (por volta de $500 a $600 pesos) pois eram na beira da praia.

Decidimos ficar no Hostel Do De Marcelo sem café da manhã, afinal, era também praticamente na beira da praia, uns 30 passos já estávamos no mar.
Em Cabo Polonio a viagem é um tanto "roots", no povoado não tem energia elétrica, nem telefone, internet, etc... ou seja, ótimo lugar para fugir do mundo.
Depois das 22h00 alguns lugares oferecem luz elétrica através de bateria, mas apenas luz, o chuveiro não é quente, e para não tomar banho frio, até as 20h30 a dona do hostel que estávamos, esquentava água no fogão caso você quisesse tomar um banho um pouco mais quentinho.

A noite lá é muito bonita, total clima praiano, normalmente rola um lual perto de alguma fogueira com os turistas e alguns moradores da região, além da mistura com os famosos "hippies-sujos", que viajam pela américa latina vendendo seus artesanatos (participamos de um lual, mas especificamente naquela noite, não encontramos a tal fogueira que todos falaram).
Acabamos encontrando também o casal Alexandre e Lucia, no mesmo lugar que escolhemos para comer umas guloseimas a noite, conversamos mais, falamos sobre inúmeros assuntos: universidade, cervejas, profissão, etc... e no meio do papo disseram que iriam para Piriápolis no dia seguinte, e nos ofereceram uma carona (Piriápolis fica bem mais próximo de Montevideo, o nosso próximo destino). Garantimos uma certa economia nas passagens!

Uma das coisas mais bacanas de Cabo Polonio, é que as 21h, teóricamente noite, ainda estava sol e bem quente, o entardecer acontecia entre 21h30 e 22h.
Ou seja, o dia era beeeeeeeem longo por lá.

Senti falta de árvores, não havia sombra em quase nenhum lugar, eu que não costumo ficar vermelha quando tomo sol (e sim morena), saí de lá um verdadeiro pimentão, torrada com o sol quente. Isso porque mal fiquei deitada tomando sol, foi simplesmente por andar de biquini na praia.
As dunas de areia e as pedras, a paisagem em si, é fantástica, realmente... Apesar de ser um destino um pouco caro para mochileiros, Cabo Polonio é lindo e vale muito a pena ser visitado!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Punta Del Diablo

As coisas estão bem atrasadas por aqui... rs
Mas quero ainda falar sobre a viagem, vamos lá:

Esqueci de mencionar que meu colega Glauber me acompanhou nessa aventura toda, isso tudo porque a idéia do mochilão nasceu numa reuniãozinha da Brazucah em sua residência e ele foi o único que manteve a promessa e concretizou a viagem comigo.

Bom, ainda na fronteira Chuí/Chuy, mas já do lado Uruguaio (Chuy) comprei passagem de ônibus com destino a Punta Del Diablo, saiu mais barato do que imaginei, $29,00 pesos Uruguaios (R$ 2,90).
A maioria das pessoas conhecem Punta Del Leste, considerada o "fervo" do Uruguai, bem badalada (e cara), típica de especiais do Amaury Jr. Mas poucos conhecem Punta Del Diablo, que é para onde fui.
Punta Del Diablo é uma vila de pescadores, tem uma vista maravilhosa, e a praia é lindíssima. Como fui no verão, estava cheeeeeeeeeia de turistas argentinos e europeus.


A noite encontramos um bar que tocava música brasileira no "centrinho" do povoado, lá conhecemos 3 argentinos de Córdoba, que declamavam poesias numa espécie de "tubo", individualmente direto no ouvido das pessoas que estavam por ali. Quando viram que éramos brasileiros, puxaram conversa e confidenciaram que adorariam conhecer o Brasil e que adoravam o nosso idioma, eram 2 meninos e uma menina, de 20 a 23 anos, inclusive a garota se chamava Maria Bethania, e achava o máximo ouvir brasileiros pronunciando o nome dela, que é diferente do espanhol (devido ao som anasalado do português).
Com eles, aprendi bastante o espanhol e as diferentes pronúncias; passamos a noite tomando um vinho e aprendendo várias palavras e gírias do espanhol, enquanto nós ensinávamos várias palavras do português para eles.
Virou uma boa amizade, mas acho que pelo sono e cansaço do dia, vascilei por ter esquecido de pegar o contato deles.



Uma coisa boa de Punta Del Diablo, é que lá existem várias opções de hospedagens, principalmente Hostels, eu tive dificuldade pra achar Hostels por desconhecer totalmente o lugar, acabei ficando no "Punta Del Diablo Hostel", fica BEM distante da praia, uns 2 ou 3 kilômetros, e particularmente não aconselho, além de ser distante, achei precário, as acomodações são apertadas, o café da manhã é bem fraquinho, até os computadores que eles oferecem são ruins... rs
Alguns metros antes tem um hostel bem melhor, estava lotado quando cheguei, não lembro o nome dele, mas era mais barato e mais agradável.

Próximos a praia existem outros, mas são mais caros, no "Punta Del Diablo Hostel", paguei $ 18,00 dólares a diária, encontramos um outro Hostel na frente da praia, lindíssimo, mas que custava $ 25,00 dólares a diária.
Como o objetivo era ser tudo o mais barato possível, ficamos no mais simples, mais longe, mais barato e com vagas.

A feirinha de artesanato em Punta é bem bacana! Outra coisa que me chamou atenção lá foi o número de docerias, apesar de falarem tanto do Alfajor argentino, o Alfajor mais gostoso que comi foi lá em Punta Del Diablo.

Pra comer existem várias opções de lanchonetes e restaurantes, preço razoável, um pouco mais barato que aqui no Brasil, e como eu disse no post anterior é BEM difícil achar suco natural por lá e no Uruguai como um todo.

Apesar dos inúmeros turistas, só trombei com apenas um grupo de brasileiros que ouviram o meu diálogo com o Glauber (amigo que me acompanhou no mochilão), obviamente em portugês e reconheceram a língua, no meio da estrada, a vários metros de distância, e gritaram:

- Aê Brazuca!
Olhamos para trás e reconhecemos os rapazes acenando de longe, logo em seguida, soltaram uma frase reconhecidamente brasileira-paulista-corinthiana(rs):
- Eh noiz!
Acenamos e continuamos a andar em direção ao hostel, enquando eles continuaram em direção a praia.

Gostei muito de Punta Del Diablo, mas o destino mais comentado do Uruguai entre nossos amigos era Cabo Polonio, que por sinal foi o nosso próximo destino.


Indicação: Coma um "pancho", é o famoso cachorro-quente do Uruguai e da Argentina, é bem simples, pão, salsicha, mostarda e catchupe. No Uruguai especificamente, a salsicha é bem diferente da brasileira e gigantesca, maior que o pão.
Existem opções de panchos com mais ingredientes, mas o basicão é o mais barato,
custa por volta de $ 20,00 a $ 30,00 pesos uruguaios (ou de R$ 2,00 a R$ 3,00).

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Fronteira Brasil - Uruguai

Dia 19 de Janeiro, saí de Porto Alegre rumo ao Chuí, no ônibus das 23h30, economizando uma diária em hostel/hotel já que a viagem duraria de 6 a 7 horas.
Gastei R$ 85,50 com a passagem, bizarramente, pois saiu mais caro do que o avião de São Paulo para Porto Alegre (consegui por R$ 67,00 a passagem sem contar a taxa de embarque).
Cheguei por volta das 7h da manhã em Chuí. Poucos metros depois da rústica rodoviária, estava na famosa fronteira entre Chuí (cidade brasileira) e Chuy (cidade uruguaia). É uma avenida que do lado brasileiro chama-se Av. Uruguai e do lado Uruguaio chama-se Av. Brasil!
Cheeeeeeeeia de FREESHOP's, comércio para todos os lados e algumas casas da câmbio. Inclusive, o ideal é cambiar o seu dinheiro já ali na fronteira antes de ir adiante.
Não troque todo seu dinheiro por pesos uruguaios, apesar de parecer tentador a diferença de 10 pra 1 (Ex. $200 reais viram $2.000 pesos uruguaios no câmbio), o Uruguai não é barato, compensa trocar boa parte do dinheiro em dólar, pois nos estabelecimentos comerciais, hostels e afins, pagando em dólar, na maioria das vezes sai mais barato.

Pois bem, dinheiro trocado, passei boa parte do dia visitando os FREESHOP's, infelizmente não comprei quase nada devido a falta de dinheiro.
Mas, fiquei muito impressionada com os preços, principalmente das bebidas e dos perfumes!
Encontrei uma garrafa de tequila Jose Cuervo por 11 dólares, saco de dormir para acampar por 10 dólares e óculos escuros originais de marcas famosas entre 40 e 80 dólares!
Do lado brasileiro (Chuí) também havia lojas com produtos muito baratos, encontrei all star original de lona, por R$ 45,00 e de couro por R$ 70,00!
Enfim, vale muito a pena fazer compras na fronteira Brasil/Uruguai pois os vendedores não pagam impostos pelos produtos, o que torna tudo mais barato do que o convencional.

As únicas agências bancárias que encontrei (do lado brasileiro) no Chuí foram: Bradesco, Banco do Brasil e Banrisul, ou seja, se você não tem conta nesses bancos, é bom sacar dinheiro em Porto Alegre ou em alguma cidade maior que passar antes.

Ainda na fronteira, já passava do horário do almoço e eu estava com muita fome. Decidi procurar algum restaurante do lado Uruguaio e experimentar algum prato típico, parei no restaurante "Parrilla Don Pedro" e lá indicaram um "Chivito" (prato típico Uruguaio), ele pode ser "al pan" (no pão) ou "al plato" (no prato). Para uma boa refeição, eu particularmente indico "al plato", pois vem bem servido para 2 pessoas.




Nesse restaurante, o Chivito foi antecedido por uma entrada de pães com manteiga, e o prato mesmo era composto por um bife enorme, ovo frito, batatas, salada com tomate, alface, cenoura, ervilha, palmito e pimentão.
Apenas o Chivito al plato custou $130 pesos uruguaios (13 reais) e me sustentou durante horas e horas. O que encareceu foi o refrigerante, que custou $50 pesos ($5 reais).
No Uruguai é meio raro encontrar restaurantes e lanchonetes que vendam sucos de frutas naturais, e os refrigerantes são normalmente bem mais caros do que aqui no Brasil.

Bom, praticamente um post inteiro para falar do dia na fronteira Chuí/Chuy!
Antes de fechar esse texto, tenho que passar uma dica importante.

ATENÇÃO! Antes de seguir viagem para o Uruguai, passe na aduana e pegue uma autorização de entrada no país (normalmente, o ônibus faz uma parada na aduana, porém o motorista não vai te avisar de nada, você que tem que se tocar), se você tiver passaporte, eles carimbam o visto no passaporte, se não tiver, não se preocupe (se você é brasileiro, não é obrigatório ter passaporte para viajar na América Latina), apresente o RG e retire um papel com seus dados e um carimbo autorizando a entrada no país.
Se você não pegar esse carimbo, estará ilegal no país, não pense que por ser brasileiro você não precisará dele!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mochilão 2010 - 1ª parada: Porto Alegre

Começando as atividades nesse blog, finalmente.
Como alguns sabem, depois de alguns anos sem férias, resolvi fazer um mochilão latino de baixo orçamento.
Minha aventura começou dia 17 de janeiro, quando embarquei as 07h00 da manhã para Porto Alegre, num vôo da Webjet.
A chegada em Porto Alegre foi muito bacana! Ótima recepção feita por minha amiga Liana, que me recebeu muitíssimo bem na casa de sua familia e me apresentou verdadeiramente a cidade.

Fizemos visitas indispensáveis para quem visita Porto Alegre, irei listar algumas:

CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA



A Casa de Cultura Mario Quintana tem quase 30 anos de existência é uma instituição ligada à Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Tem vários espaços dedicados para arte: cinema, música, literatura, artes visuais, dança, teatro e espaços para oficinas e eventos culturais.
Vale a pena visitar todos os andares e ver o que está rolando em cada um.
O quinto andar é muito agradável, além de espaços para oficinas e biblioteca, tem o Jardim Lutzenberger, com ambientes botânicos e vista privilegiada do centro da cidade.

Casa de Cultura Mario Quintana
Rua dos Andradas, 736 - Centro
Porto Alegre (RS)
Fone: (51) 3221-7147
e-mail: ccmq@ccmq.com.br


USINA DO GASÔMETRO

Outro espaço cultural muito interessante de se conhecer.
Tem mais de 80 anos de história, é um dos principais centros culturais de Porto Alegre.
A Usina forneceu energia elétrica à base de carvão mineral para Porto Alegre de 1928 a 1974, quando foi desativada. A partir de 1989 que o espaço virou um grande centro cultural.
Lá encontra-se vários espaços para exposições, teatro, café, galerias com mostras fotográficas e de video.



A Usina tambem tem inúmeros ambientes para se visitar e conhecer, com destaque no quarto andar, que tem uma área para exposições e terraço com vista para o Guaíba e para o Centro da cidade.
O lugar ainda tem um espaço externo privilegiado, com local para shows e o Bar que fica dentro da Chaminé.

Centro Cultural Usina do Gasômetro
Av. Presidente João Goulart, 551
Centro - Porto Alegre / RS
Telefone: (51) 3289.8100
E-mail: usina@smc.prefpoa.com.br

PORTO



Fica praticamente no centro de Porto Alegre, é o maior porto fluvial do País, em extensão e tem uma vista maravilhosa do Rio Guaíba.
O acesso ao público é gratuito e pode ser feito ao longo do dia até as 18hs.
Existem opções de passeio nos barcos durante o dia, happy hour e em algumas vezes também a noite, com horários e preços a consultar.
A vista de lá resultou em boas fotos! =)

SUPERINTENDENCIA DE PORTOS E HIDROVIAS
Av. Mauá, 1050 - Centro
Porto Alegre - RS


Primeira parte de Porto Alegre finalizada, parti pra Chuí/Chuy, divisa entre Brasil e Uruguai que deixo para a próxima postagemm.
Quem estiver afim de ver mais fotos de Porto Alegre, entra no flickr: www.flickr.com/photos/engabizando

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Abrindo


Há alguns anos, eu era uma adolescente que criava blog apenas para utilizá-lo como diário pessoal, para descarregar sentimentos, contar experiências e contar sobre meu dia-a-dia.
Com o passar do tempo e com o contato que tive com as novas mídias, vi que hoje é possível utilizar essas ferramentas da web de uma maneira mais produtiva e eficaz.
Achei que valeria a pena investir em algo próprio, com uma visão minha, sobre assuntos que interessariam a um público eclético, já que me relaciono com pessoas de diferentes meios, e que na maioria dos casos, se interessam por arte e cultura.
Pensando no fato de ser atriz, estudante de comunicação e uma pessoa que tenta estar por dentro das coisas que estão acontecendo no mundo, acredito que eu possa contribuir de alguma forma para que essa ferramenta seja além de uma "auto promoção".
Quem me conhece sabe que, um grande desejo meu, é apresentar todos os meus amigos e conhecidos uns aos outros para que aconteça mais troca de experiências, encontros inusitados e aprendizados diversos.
Eu sempre aprendi muito com as pessoas de uma maneira geral, e ainda tento aproveitar o máximo a companhia de todos que passam pela minha vida. E talvez me sinta em dívida por não poder dividir ou contribuir com algo que realmente acrescente no dia-a-dia de cada um. Acho que no fundo o que pretendo, é mostrar o mundo que vejo, o universo que vivo, de uma maneira aberta, colaborativa e multimídia.
O "engabizando" está entrando no ar para mostrar que é possível fazer novos caminhos, conhecer novas pessoas, saber o que tá rolando na esquina ou do outro lado do país e de uma forma colaborativa, como já citei, achar, descobrir e criar.

encarando, entrando, encabeçando, entendendo, enfatizando, enlouquecendo > engabizando